capa

capa

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Onomatopéia

Então me atiro, me arremesso em busca de amores críticos, baratos.
Trago pouco nos bolsos. Umas moedas, menos de trinta.
Ofereço simbolicamente um pão com queijo, um copo de café fraco e ralo.
Paguei o momento com o mesmo punhado de ilusões.
Minto! Ela me ofertou mais mentiras e falsas paixões que qualquer outra.
Agarro-a pela cintura,
Enfio milímetro por milímetro a minha proeminência genital.
Então ela engole, devora. É um animal que arranha morde.
Meu membro a emboca,
Eu cuspo de nojo dessa tua boca.
Eu cuspo no falo antes de direcioná-lo a tua anca carcomida por todos.
Escreve teu lábio mentiroso em mim cachorra...
Assim te xingo no momento de revirar os olhos e fechar as pálpebras:
Toma cachorra! Toma cachorra, toma...
Movimentos binários ligeiros, mais, mais... Lento agora, não quero nada precocemente.
Pago pela completude do serviço e integridade na satisfação.
Chupa-me como se eu fosse osso carnudo e rico em cálcio.
Chupa mais e mais... Fuuuuuu. Mais, mais... Fuuuuu.
Profissionalmente me proporciona o gozo... oiyes, oiyes, ow no, ow no...
Meu pouco dinheiro não permite a segunda turgescência.
Gememos de delírios e êxtase... Ah, ah, ah, ah, ahhhhhh.
Bate com raiva em minha carcaça,
Arranca-me os pedaços com as unhas sujas de outras paixões.
Bate, bate mais, mais rápido. Peço-te, bate... Tah, tah, tah...
Chega! Já me doe à virilha, escarnecida e avermelhada.
Grito de dor e animo... aiiiiii. Mais alto... AIIIII. Intenso... AAAIIII.
Ardem os corpos.
-Quem é teu macho? Responde! Responde logo puta dos meus centavos.
- é quem paga. Ela responde rindo sinistramente. Mostrando os veios dos dentes sujos de sêmen. Eca! Não deu pra interromper o coito segundos antes. Eca!
Eu esperava outra mentira, uma mentira social que contentasse meu esforço físico.
Sopra a vermelhidão... uuuuuuuh. Mais forte vai! UUUUUUUUH.
Misturam-se todas as letras xoseesxosexoteusexo, sentidos e almas num gozo uníssono.
Ui... Ai... Delicia!
Golfado, deixo os trocados e vou me lavar.