Hoje... Que o coração mal bate o peito golpeado pelo enfado,
E a vida azeda atroz sangue e imensa... Treva densa.
Solidão regada a doses aliviantes de sulfato de salbutamol.
Pra ver se alivia o imo.
Pra ver se acalenta a nervura.
Pra ver se respiro sem dor e sem arte.
O coração que teima em bater junto à sombra da tamarindo:
Leva a vida devagar, acho que se enfada do viver.
Os tecidos que oxidam recobrem meu hermético coração.
Coração... Avisem para entregar o viver.
Mas não serei enterrado junto às estirpes dessa tamarindo,
Não me joguem na laje fria dos campos santos.
O ataúde não será o fim.
Nem a necrose dos dias sem luz, paz ou serenidade.
Quero até os dias mazelados.
Os dias enxofre, os dias carniça e peçonha fedorenta.
Os dias acrimoniosos sem ela.
Bate calado coração: apanha, lacrimeja, geme... Azedamente.
Clama um colo coração!
Clama um colo, que eu choro pra perto do corpo dela,
Ou para a próxima dose de tóxico.
Clareia minha vida amor no olhar.
Porém hoje... Só desventuras.
E a azeda babugem que escorre pelo canto da boca morta.