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terça-feira, 27 de abril de 2010

Aqui (ou fragmentos da linguagem escrita)

Aqui:

O produto discordado de uma imaginação ousada.

Aqui nessa passagem,

Paisagem de um escritor.

Aqui nesse poema,

Dessa interface pra fora,

O poema/vida, a forma:

Fragmentos...

... Que ficam como uma saudade de um tempo que nunca se foi.

Aqui nesse poema,

Poeta um operário dos versos brancos.

Aqui nesse teu corpo,

Nas sombras dos versos:

O mundo é só miragem.

Aqui no silêncio da virgula,

Imensidão – a voz da vastidão.

O calo antes do beijo,

A palavra que não volta atrás,

O instante que desmoronou.

Aqui nesse poema,

Meus versos ao teu intento.

sábado, 10 de abril de 2010

O impudico

Consintam que eu seja dadivoso desde o princípio:
Vocês não vão gostar de mim.
Os cavalheiros terão invídia; E as senhoras nojo.
Vocês não vão gostar de mim agora.
E passarão a gostar menos com o tempo.
Senhoras um aviso:
Quero transar. O tempo todo.
Não estou me gabando nem opinando,
É apenas uma comprovação médica.
Eu sou promíscuo.
E vocês me verão sendo promíscuo , e irão suspirar, não façam isso.
É melhor pra vocês, verem e tirarem suas conclusões de longe do que eu enfiar meu membro dentro de vossas anáguas.

Cavalheiros, não se desesperem.
Também sou promíscuo com vocês,
e vale a mesma advertência.
Controlem suas ereções até eu acabar de falar, mas tarde, quando transarem...
E mais tarde vocês vão transar.
Esperarei isso de vocês e saberei se me decepcionarem.
Eu quero que transem com minha efígie em miniatura rastejando em suas gônadas.
quero que sintam e pensem:
Este tremor foi o mesmo que ele sentiu?
Ele conheceu algo mais profundo?
Ou existe alguma parede de indigência na qual todos nós açoitamos a cabeça naquele momento pulcro e eternal?

É isso!
Esse foi meu exórdio.
Nada rimado, ausência de falsa modéstia.
Espero que vocês queiram isso.
E agora vocês gostam de mim?
Vocês gostam de mim?
Gostam?