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domingo, 15 de novembro de 2009

Queria!

Queria todas as palavras rocas da existência,
Juntaria todas com os sonhos que reciclei da latrina.
Queria as palavras caladas, o silencio que prenuncia o beijo... O infinito.
Queria não esconder o coração das imagens estampadas do que ajuízo ser amor,
Imagens descoloridas e muitas vezes arrancadas da parede.
Vertigens por essas paredes em que risquei o teu nome,
Nas pinceladas açoitei o finito, rompi o tédio, fiquei com as dores.
E agora tenho as cores pra aquartelar os sonhos torpes do mundo.
Eu tenho todas as sombras e sobras encalistradas.
E sigo revestido por minha couraça de repetições e desafortunado.
Do amor eu é que sei... Sei lá... Não sei mais.
Sei que trago este sentimento no porão, junto, nas angustias da alma.
Sei dessa demência que habita meu corpo, que me anula.
Mas deixo assim, não afiro andamento nem receio.
Jogo simplesmente o corpo no espaço, e escondo as magoas na minha imensidão.
Recolhendo as palavras perdidas, deixo umas pra iluminar teu caminho.
Sem gastar o meu desprezo com nada, pinto o céu com as lagrimas.
Eu sigo aplaudindo rebeldias, eu queria viver na ousadia,
Eu queria a dádiva de alguma magia.
Mas tenho apenas sobejos de um nada,
Restos de um poema que se apagou.

4 comentários:

Anônimo disse...

é, até que as vezes tu nao é tão ridiculo assim.

Rafael Rodrigo disse...

é, as vezes acerto né?!

Anônimo disse...

Falando de amor,com carinho sem muita dor...Hum!Parencendo uma dor boa de sentir!!Dor na alma que angustia,mas traz alento...Lesa

Rafael Rodrigo disse...

é tbm gosto desse ele é meigo e ao mesmo tempo triste e não é ridiculo.