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quarta-feira, 31 de março de 2010

Tamarindo de desventuras

Hoje... Que o coração mal bate o peito golpeado pelo enfado,

E a vida azeda atroz sangue e imensa... Treva densa.

Solidão regada a doses aliviantes de sulfato de salbutamol.

Pra ver se alivia o imo.

Pra ver se acalenta a nervura.

Pra ver se respiro sem dor e sem arte.

O coração que teima em bater junto à sombra da tamarindo:

Leva a vida devagar, acho que se enfada do viver.

Os tecidos que oxidam recobrem meu hermético coração.

Coração... Avisem para entregar o viver.

Mas não serei enterrado junto às estirpes dessa tamarindo,

Não me joguem na laje fria dos campos santos.

O ataúde não será o fim.

Nem a necrose dos dias sem luz, paz ou serenidade.

Quero até os dias mazelados.

Os dias enxofre, os dias carniça e peçonha fedorenta.

Os dias acrimoniosos sem ela.

Bate calado coração: apanha, lacrimeja, geme... Azedamente.

Clama um colo coração!

Clama um colo, que eu choro pra perto do corpo dela,

Ou para a próxima dose de tóxico.

Clareia minha vida amor no olhar.

Porém hoje... Só desventuras.

E a azeda babugem que escorre pelo canto da boca morta.

9 comentários:

Anônimo disse...

ô mô Deus!!
Morrendo de amor!!!
Ei mas esse começo tu jah colocou em outro poema visse?
Num lembro qual,vou procurar!!!
Xêro leso!!!

Rafael Rodrigo disse...

ei pode ser que sim em, mas acho que não, acho que deve ser um que se pareça muito com esse.

Anônimo disse...

esse poema é muito louco em. com nome de remedio e tudo.

Rafael Rodrigo disse...

é nome de remedio de asma.

Anônimo disse...

É disso ele entende,coração hipertenso,que bate e o ar onde está?Peito sufocado,trancado,pisss,tome uma bombada de Berotec kkkkkkkkkkkk,xêro leso!!!

Anônimo disse...

quase um augusto dos anjos

Rafael Rodrigo disse...

ei forçou em kkk falta muito pra sem metade do mestre.

Anônimo disse...

o começo ta bem augustos e o titulo também né.

Rafael Rodrigo disse...

isso mesmo, faz parte de um poema dele mesmo o titulo foi retirado de um verso do poema "agora sim, vamos morrer reunidos, tamarindo da minha desventura..."