O principio do fim.
Ou talvez o fim seja o
principio.
Ou não haja nem
principio e nem fim, nem intercalações.
Só haja o agora.
E o que somos agora?
O que somos nesse
instante no qual morremos e matamos no silencio?
Será que o amor tem
data de validade, prescreve, transmuta e não mais transcende?
É difícil não pensar no
metafisico.
Não pensar no divino.
O frio etéreo que mata
os micros organismos,
Também mata o que nos resta
de alma.
E esta minha alma talvez
já esteja esquartejada.
Sangrando abandonada numa
viela fria e imunda.
De onde vislumbro teu
quente escarro na face torporizada.
Não mendigarei esmolas
de carinho.
Porém a dor me lembra
de que ainda sou humano,
Que sangro quando me batem,
que choro.
Mas ainda queria tua mão
frigida a amolengares os meus sentidos.
Preciso saber até onde se eleva a minha alma.
Qual o limite das minhas
vaidades.
Qual o volume, a medida
do amor, a exata configuração dos nossos sentimentos?
Preso na teoria do eterno
retorno.
Será que o amor vai mais além?
Mais além dessa casca de noz, dessa minha couraça?
Queria embrulhar a felicidade
pra viagem.
Porções diárias numa capsula
inscrita: instantânea.
Mas sou sempre
atormentado, é o principio ou o fim?
Ou cíclico, como o
eterno retorno?
10 comentários:
venho conferir, e me deparo com um poema lindo e cheio de reflexão
realmente esse poema é bem reflexivo.
o blog nera verde?
Mas o poema ficou lindo. realmente será que o amor acaba?
eterno retorno
é uma teoria de Nietzsche
obrigado pelos elogios. respondendo a sua indagação: o amor acaba sim
poema sobre decepção, tá virando uma constante em
infelizmente,acreditem, não gosto de escrever sobre isso. mas é a vida.
prefiro escrever sobre amor e pornografia. mas acho que agora estarei sempre amando: a mando do capeta.
misericórdia
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