Meus moinhos de vento não irão mudar o mundo.
Talvez o mundo não precise mais de sonhadores.
Ou meus sonhos foram incendiados pela ira dos olhos raivosos
e vorazes.
Talvez não existam mais ventos.
Então, qual a serventia dos moinhos?
O vento sopra, movem pás, giram a moenda, movem o mundo,
sopram a carne.
Assoviando um canto de murmúrio: assim fazem meus lábios.
Meus sonhos de vento não irão mudar o mundo.
Talvez o mundo não precise mais de moinhos.
Então, qual a serventia dos sonhos?
Talvez não haja mais
moinhos.
O vento abandonou o moinho aos sonhos de girar, moer,
soprar.
Moinhos de vento são gigantes caídos.
Assoviando um canto de desgraça: assim fazem teus ventos.
O vento cessa, param as pás, enferrujam a moenda, Morre o
mundo.
Morder e regurgitar a tua carne: assim falou o gigante caído
com o sopro.
9 comentários:
você triste escreve melhor, mais um ótimo poema. se supera em cada.
noto um lado mais reflexivo nos últimos poemas
quando recebi o email de uma nova postagem,não acreditei que seria um poema tão lindo.
o que é um moinho sem o vento?
que poema lindo, o mundo sempre vai precisar de sonhadores.
É verdade. mas temos que sonhar menos, e agir mais. a realidade é cruel.
desculpem a demora em responder. obrigado pelos elogios.
Assoviando um canto de desgraça: assim fazem teus ventos: frase do mal.
de onde vem tanta criatividade? moinhos...
belo poema
Postar um comentário