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domingo, 6 de julho de 2014

Divindade

Sei que teu riso expulsaria os demônios.
Aniquilaria os fantasmas que habitam e assolam,
A pobre alma fosca dos errantes viventes.
Fulgures das tuas órbitas queimam os abantesmas. 
Vi quando o divino destruiu um planeta.
E dos destroços do orbe fez surgir tua face.
Vi tua face se espelhar no firmamento.
Achou Deus, por bem, chamar isso de abóbada celeste.
E para adornar o céu ele dependurou teu riso.
Quis, por bem, chamar isso de estrelas.
Ambicionou Deus, que o brilho desses astros,
Guiassem os errantes, e longe se tornou um lugar que não existe.
Não mais. Não enquanto ficassem em tua orbita.     
Para dar feitio a terra, desenhou Deus teu corpo,
Faceirou teus velos, chamou isso de jardim.
Por não conseguir te alcunhar, batizou de anjo.
É um anjo que me tenta, e não me guarda.
E teu espirito se move sobre a face das minhas trevas.
Destruindo as bestas, e bradando: haja luz.
Chamou Deus isto de felicidade.




2 comentários:

Rafael Rodrigo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

que belo poema. ousado e muito amor