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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Amaldiçoado pela tristeza

Tudo sepulta-me a vida,
Sou hospede desta dor,
Pois vivo atrelado ao desalento
Já não há mais fim o tormento,
A não ser numa caixa retangular, coberta de cal.
Não vou dormir, pois a dor não passa,
Apunhala-me o seio como um infarto.
E na equivalência dos vermes que saem
Da boca de um defunto, parasita-me a alma.
Carregando-me no bico do corvo.
Fui anamatizado pela macambúzia,
Ficando a ponto de uma sincope.
É o efeito do osculo quente da morte,
Pois, carrego o peso de tantas moléstias,
Na exigüidade deste meu ser.
Repilo a alegria.
Sou signatário desta vida infecunda,
Na semelhança de óvulo lançado ao fogo.
Um visionário da desilusão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eita adoro quando vc escreve com dor!!Os antigos são os meus favoritos!!!Lesa