capa

capa

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ante

Só alguns acordes dissonantes.
Não ligo se a voz destoa berrante.
Meu amor me beije por mais este instante.
Dos autos falantes ecoam o finito inconstante.
Senhoras e senhores: o diabo/amor põe seus olhos grandes sobre mim.
Não me iludo com o impressionante.
Perto da beijante boca insinuante: que tudo vá para o inferno meu bem.
Já disse, o som da voz é escaldante, não cometeremos mais crimes atenuantes.
Eu menti quando disse que iríamos para o inferno meu bem.
Vamos para o inferno meu bem, (também, tão bem).
Quero o fim do beijo errante,
Quero as almas sempre consonantes.
A rima é sempre consoante.
São os teus olhos sempre agourantes: guardo-os para mim.
Alguns tons são até brilhantes,
Seus olhos em minha mente inebriantes.
Senhoras e senhores: eu tenho os olhos úmidos ante o fim.
Perdoados ante o inferno meu bem, (também, tão bem).

4 comentários:

Anônimo disse...

poxa!!!! lindo poema esse. vi no teu orkut que é para um amor platônico, muito lindo esse poema.

Rafael Rodrigo disse...

opa! valeu em! obrigado pelo elogio, que pena que o poema não fez o efeito esperado, mas faz parte.

Anônimo disse...

Mas ficou o poema dessa história toda, e isso é que é lindo em você, o fato de em tudo você ver uma poesia, uma arte ou alguma coisa pra refletir.

Rafael Rodrigo disse...

assim eu fico até timido em kkkk