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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Desesperos do verbo

Há um subjuntivo, um retrógado gemido inteligível de um sentimento que não cabe na imensidão da alma.
Sai do âmago, solitário, abafado, quase inexprimível.
O clamor é tímido, se esgueira, esbarra na traquéia, pugna pra não se perder.
Vibra não desiste e mesmo inerme quer bradar ao teu intento.
Numa servidão de minha exclamação e teu escutado.
Berreiros que explodem dos meus lábios gélidos gritando o teu nome.
Cada letra é cuspida desesperadamente.
Desequilibradas, guinam pela beirada do meu gemido.
Desprega das minhas letras guturais uma amargura,
Os versos sentem falta do teu excesso,
E meus gritos ecoam ao desperdício de uma idéia corrosiva,
Que vai me destruído, descontrolando... Amando-te.
Dos meus amores quero ao menos o básico, o essencial, ou o que sobejar.
Se tiver ósculo quero o exponencial, hausto salivante e quente.
Natureza humana em ruínas sou louco de raiva.
Na loucura tudo coexiste intenso e trágico.
E me deslínguo dos outros, num monstro de extensa humanidade:
Eu hoje vendi a alma, financiei por um beijo, lucrei desesperos.
Silencio! Quero gritar e sou taciturno.
Então múrmuro teu nome pelos ouvidos surdos do mundo.
Amortiza! Harmoniza! O tom original.
Tua boca me calou.

11 comentários:

Rafael Rodrigo disse...

dela, pra ela, sempre dela, pra sempre ela: desesperos; loucuras e encantos.

Anônimo disse...

porra!! lindo esse poema em.

Rafael Rodrigo disse...

ei valeu até pelo palavrão em kkk brigado.

Anônimo disse...

Eu hoje vendi a alma, financiei por um beijo, lucrei desesperos...Num era o Senhor o sem inspiração?Imagina se a tivesse...bjo,Lesa.

Rafael Rodrigo disse...

é esse não é dos melhores né. segundo leitores ele é exagerado. mas fazer o que em, espero melhorar nos próximos. valeu em

Anônimo disse...

caraca!!!!! se ela ainda não quis nada com você depois desse poema, desiste em. lindo esse poema, meu Deus sério, amei.

Anônimo disse...

tão intenso, verdadeiro, ele é feroz e ao mesmo tempo tão leve. tudo isso e não disse o nome da menina em.

Anônimo disse...

ainda acho que é uma mulher invisivel, ele criou essa mulher só pra fazer poemas e tal. to ligada que é só onda dele. essa pessoa não existe. rafa nunca foi de poemas de amor, é tudo mentira aposto.

Rafael Rodrigo disse...

eita me chamaram de doente, psicotico. tá certo assumo que os poetas inventam outras realidades pra amortizar a vida, o espirito, o real. tavez ela seja a minha realidade mais feliz, meu mundo criado e cercado de sonhos tranquilos. bom,sem nomes, nunca tem nomes, quem sabe um dia, eu vivo contradizendo tudo.

Anônimo disse...

nossa, até a resposta foi meiga em rsrsrsrs. mas parabéns o poema ta lindo mesmo, você sempre se supera a cada novo poema. se é real ou não tá lindo.

Anônimo disse...

lú. não tá nada de exagerado, tá perfeito. muito bom em.