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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Hora

Reverberações de um espectro sofrido,
Onde ando por horas dentro de mim,
Palmilhando meus próprios esquadros,
Numa hora morta sem fim:
Assim se titularia a solidão - sobra de hora.
Nas minhas ladeiras estreito e afino:
Até virar uma sombra:
Uma sombra sem alma,
Uma sombra atrelada a tua:
Indivisível e prosaica como o cotidiano.
Sempre careceremos de um pouco mais de alma.
Sempre mais perto da essência,
Onde nossas acepções possam respirar puramente.
Numa espécie de hora preguiçosa:
Uma claridade lívida nos enreda...
Sem pressa. É tudo tão sereno.
Deixa-se assim, o anseio não desnutre a medida.
Recolhemos passo a passo nossas poesias do chão.
E a noite que se arqueia rígida no firmamento:
Manto de sonhos a destroçar nossa solidão.
Deixai a hora morrer solitária a pele.
Deixai a boca sugar a pele.
Deixai a pele encrespar ao toque.
Deixai o toque aliciar os desejos.
Deixai os desejos tomarem conta.
Porque agora é tudo por nossa conta,
Tabuada e melodia... Nossa maneira... Nossa hora.

10 comentários:

Anônimo disse...

"Deixai a hora morrer solitária a pele.
Deixai a boca sugar a pele.
Deixai a pele encrespar ao toque.
Deixai o toque aliciar os desejos.
Deixai os desejos tomarem conta.
Porque agora é tudo por nossa conta..."
Perfeito leso.
Amor sem fofura.
Esse sem frase preferida,mas verso preferido.
Xêro.

Rafael Rodrigo disse...

opa lesa valeu em. parando com a simplicidade kkkk. mas ainda prefiro tudo bem simples. simples. novo conto vindo por ai em e nada de safadeza ahhh kkk

Anônimo disse...

alexandre. muito bom esse poema em cara parabén, gostei mesmo . mais complexo, tá voltando as origens é?

Anônimo disse...

sim e esse novo conto ai em, maiores detalhes.

Rafael Rodrigo disse...

opa!! valeu mesmo em. esse poema ta mais elaborado, tipo queria tentar fazer com que ela gostasse desse sem coisas bregas.

quanto ao conto to tentando falar sobre coisas de amor e tal, sem pornografar os versos, tentando fazer uma narrativa melhor sobre vivência, sobre a vida e tem um pouco de metaliguagem só isso que adianto porque depois eu morgo e nem escrevo mais. tudo depende do tempo.

Anônimo disse...

porra! metaliguegem é? já vi que esse não vai ter safadeza mesmo. curioso pra ler em e o outro você nem postou no blog.

Rafael Rodrigo disse...

é... nao dá pra postar é muito c]grande nao cabe. vou tentar fazer um HD virtual e disponibilizar lá. qualquer coisa mando por e-mail em sem frescura. como diz garia marquez: "o mundo vai ficar fudido quando a literatura andar no vagão de carga, e nós na primeira classe" então eu disponibizo mesmo. nada de vagões

Anônimo disse...

"Pornografar"Adoro!!!
Só vc pra falar uma coisa dessas!
Mas ficou muito bom mesmo e espero ansiosa pelo conto!
Bjim leso!

Anônimo disse...

que peste é metalinguagem em? la vem as viagens de rafael.

Rafael Rodrigo disse...

metalinguagem é quando se usa o código para se falar sobre o próprio código. exemplo, um dicionário usa a palavra pra falar sobre a própria palavra. no conto uso o poema pra falar sobre o poema.