capa

capa

sexta-feira, 19 de março de 2010

Frio

Gélido: o coração.

No frio tudo é mais solitário:

Imponderável;

Sobejo de tempo, palpável nada.

Madrugada sem o gosto do eterno.

A alma que se desprende do corpo...

Procura a imensidão,

Que pode ser até ser de outra carcaça fria.

A carne de outrem me confortaria.

A tua carne eu rosnaria.

Refugiando-me em portas fechadas:

Queria acolhida.

Como um cão vociferando ladridos de agouro:

Arranhei tua porta.

Talhei na madeira oca e carcomida

Açougues profundos de dor, saudades, ou apenas frio.

As reverberações da carniça não me coram a pálida face.

Gélido me encovo.

Frio... O frio aço do incisivo corte retalhou o coração.

Fazia frio, e o frio me fazia.

Abrigo: a te seguir.

8 comentários:

Rafael Rodrigo disse...

tava entediado "saudades"

Anônimo disse...

ei muito bom esse novo poema em. é aflito.

Rafael Rodrigo disse...

opa! valeu por ler em.

Anônimo disse...

Hum!Voltamos a carnificina!
Hum!Entediado,saudades!O amor inspirou o poema do necrotério!(riso).
Xêro leso!
Bom hein!!!

Rafael Rodrigo disse...

voltando aos poemas sague, carne, paz e carnificina.

Anônimo disse...

é, concordo, esse ficou bom mesmo em parabéns

Anônimo disse...

é um poema bem de solidão, de saudade ou tédio. ficou muito bom em.

Anônimo disse...

sempre qeu você fica com tédio saem os melhores poemas.