Gélido: o coração.
No frio tudo é mais solitário:
Imponderável;
Sobejo de tempo, palpável nada.
Madrugada sem o gosto do eterno.
A alma que se desprende do corpo...
Procura a imensidão,
Que pode ser até ser de outra carcaça fria.
A carne de outrem me confortaria.
A tua carne eu rosnaria.
Refugiando-me em portas fechadas:
Queria acolhida.
Como um cão vociferando ladridos de agouro:
Arranhei tua porta.
Talhei na madeira oca e carcomida
Açougues profundos de dor, saudades, ou apenas frio.
As reverberações da carniça não me coram a pálida face.
Gélido me encovo.
Frio... O frio aço do incisivo corte retalhou o coração.
Fazia frio, e o frio me fazia.
Abrigo: a te seguir.
8 comentários:
tava entediado "saudades"
ei muito bom esse novo poema em. é aflito.
opa! valeu por ler em.
Hum!Voltamos a carnificina!
Hum!Entediado,saudades!O amor inspirou o poema do necrotério!(riso).
Xêro leso!
Bom hein!!!
voltando aos poemas sague, carne, paz e carnificina.
é, concordo, esse ficou bom mesmo em parabéns
é um poema bem de solidão, de saudade ou tédio. ficou muito bom em.
sempre qeu você fica com tédio saem os melhores poemas.
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