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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pra sempre essa noite

Eu que queria falar de amor.
Queria uma palavra ainda não pronunciada...
Incauta, incivilizada, crua. Porém, viva.
Uma espécie de palavra algorítmica,
Que crivasse minha boca,
Assim como margaridas que explodem pelo asfalto,
E ignoram o concreto quente.
Pra sempre essa noite:
Sou uma palavra fantasma, mas não morta.
Sou uma palavra que abarrota o copo de luz,
Que seduz o nosso eterno furor de viver.
Pra sempre essa noite:
Dias de mil anos, anos de deus.
Mas ainda queria uma palavra.
Acho que ela braceja cá dentro das entranhas,
Lutando pra sair da goela seca e depois gritar um canto de ronquidão.
Pra sempre essa noite:
Roço. E eu que queria falar de amor.
Amor! Nossa palavra.
Pra sempre comigo essa noite.

Um comentário:

Anônimo disse...

uma hora é raiva, outra hora é um amor tão lindo e verdadeiro, amei esse, um dia vou querer que me façam um disse. lindo