Indigente, urgente, quase nunca contente.
Não me prenda com correntes, me afogaria em tuas torrentes.
Eu, que me posto exato entre teus lábios,
Da veia da tua fronte, até o infinito.
Dá com tua mão em meu corpo seco, que quero um copo e meio
das belezas tuas.
Eu instituo o perene, o vinco mesmo que áspero.
Debaixo do teu umbigo aspiro um lasco de sabor.
Finco aqui a nação minha: No sovaco excelso, nas dobras de
tua carne.
Pois quero beijar as rugas do cotovelo, pra depois sentir as
dobras da cara.
Pois se o dedo é torto, o joelho é roto, e o meu amor é mais
que um gesto sem gosto.
É o beijo que carniça teu pescoço. Quero chupara carne do
teu osso.
Mas eu continuo, não quero meu coração dormente.
Cuidado com minha mente, de vez em quando ela mente.
Deixa-me pentear teu umbigo com meu dente.
Olha na minha face e sente:
Um urgente indigente que indigesto ao mundo só liga pro que
interessa a gente.
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